quarta-feira, 29 de novembro de 2006
Para alivio geral, Lusa escapa da Série C
No último sábado, na rodada final da Série B, aos 45 minutos do segundo tempo, com um gol de pênalti de Alex Alves, a tão querida Portuguesa de Desportos, considerada "o segundo time de todo mundo" bateu o Sport em Recife e garantiu sua permanência na série B do campeonato brasileiro.
Com isso, a Lusa, na próxima temporada, chegará a 4 anos de segundona, já que caiu em 2002. Em 2005 chegou à fase final, mas acabou eliminada e vendo a chances de voltar à elite sumir.
Crise financeira
Vivendo uma grave crise financeira desde o início da década, a Lusa "parou no tempo". Não consegue montar bons times e perde precocemente os poucos jovens talentosos que revela nas categorias de base. Os problemas aumentam como uma bola de neve.
Os erros da direção
Apesar das dificuldades, a diretoria da Portuguesa abusou de cometer erros em 2006. Contratou 70 jogadores ao longo do ano, 4 treinadores e transformaram o time em uma verdadeira bagunça.
A cada rodada o Canindé, tradicional estádio do clube, ficava mais vazio. A torcida era um misto de revolta e desilução.
O que fazer
Primeiramente, a equipe deve fazer um planejamento coerente com a sua realidade. Um clube profissional da grandeza da Lusa não pode simplesmente entrar nas competições que disputa "com a cara e a coragem", mudando de acordo com a direção do vento.
Ter um diferencial. Jogar na Portuguesa hoje não é nenhuma vantagem para um jogador profissional de futebol. Até mesmo os mais jovens, que ainda buscam um lugar no cenário nacional, preferem outras equipes, até mesmo do interior paulista, muito mais organizadas.
Seguir a tradição do clube. Fortalecer as categorias de base, valorizar os jovens revelados dando-lhes chance na equipe principal; contratar jogadores jovens e que ainda buscam afirmação no futebol e trabalhar estratégias junto a sua torcida para levá-la de volta ao Canindé, como nos bons tempos do passado da Lusa.
Com uma direção séria e dedicada, que consiga atrair investidores e respeitar as tradições do clube, poderemos voltar a ver a equipe disputando grandes títulos e revelando bons jogadores, como aconteceu na década de 90, com o espetacular Denner e a memorável final do Brasileirão de 96, quando perdeu o título para o Grêmio, com um time que tinha, entre outros: Clêmer, Zé Roberto, Zé Maria, Capitão, Gallo, Rodrigo Fabri e Alex Alves.
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