sexta-feira, 17 de novembro de 2006

Crise no Calccio esvazia estádios


Os escândalos da máfia do apito italiano, que vieram a tona em junho desse ano, traz, ainda hoje, duras consequências para as equipes do calccio.

A média de público nos estádios caiu assustadoramente, e não se surpreenda caso, ao ligar a ESPN no domingo de manhã, não veja os principais estádios do país lotados, como era de costume.

A Lazio, uma das equipes mais envolvidas na máfia do apito, tambem sofre com o problema. Há 3 anos, quando já não mais estava no auge, o clube da capital italiana tinha uma média de público superior a 30 mil pessoas por partida no Estádio Olímpico de Roma. Nessa temporada, a média da equipe é de cerca de 15 mil pessoas por jogo, metade do que conseguia há alguns anos.

As razões para tal "esvaziamento" dos estádios, que não é "privilégio" da Lazio, são várias e vão além dos problemas de apostas e combinação de resultados.

A televisão paga, o chamado "pay per view", cresce bastante na Europa e contribui para esse fenômeno. Outro fator é a violência nos estádios, já que na Itália esse problema continua a acontecer, diferentemente do restante do continente.

LAZIO FAZ PROMOÇÃO PARA ATRAIR O PÚBLICO


Preocupada por ver o Estádio Olimpico vazio a cada domingo, a diretoria da Lazio vem fazendo uma promoção para seus jogos, chamada “Allo stadio con due Amici” (Ao estádio com dois amigos).

Cada sócio (aquele que compra antecipadamente entradas para todos os jogos da equipe, em casa, na temporada) tem direito a retirar mais dois ingressos por partida custando quase um terço do preço.

A promoção está ainda engatinhando, mas começa a dar resultados. Na última partida em casa da equipe, pouco mais de 20 mil pessoas foram ao campo.

E a maior presença de torcedores parece ter empolgado o time, que venceu a Udinese por 5 x 0.

O futebol italiano, acostumado a grandes craques, altas cifras e sucesso de público, definitivamente passa por uma crise, agravada em larga escala pela máfia do apito.

A solução é fazer as coisas de maneira transparente, os clubes passarem a ter os "pés no chão" e, aos poucos, irem recuperando sua saúde financeira. Fazer isso com o estádio cheio, definitavamente, fica bem menos complicado.

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