quarta-feira, 15 de novembro de 2006

Bahia chega ao fundo do poço


A humilhante derrota por 7 x 2 do outrora campeão brasileiro Esporte Clube Bahia para o humilde Ferroviário, nessa quarta-feira, marcou finalmente a chegada do clube ao fundo do poço. O fracasso era iminente: no ano de 2006 a diretoria do tricolor de Salvador contratou nada menos que 57 jogadores. Outro número também assusta: desses contratados, 31 já deixaram o clube. (confira a lista no link: http://www.ecbahia.com.br/especiais/mercado.asp)

O Bahia vem numa vertiginosa decadência desde o início desse novo século. Foi rebaixado à 2ª divisão em 2003, sendo goleado, em casa, por 7 x 0 pelo então campeão Cruzeiro, comandado por Alex. Em 2004, com um bom time, perdeu a vaga para a Série A na fase final. Em 2005, o maior vexame: foi rebaixado para a Série C, juntamente do seu arqui-rival Vitória, no dia de maior vergonha da história do esporte bahiano.

A decadência não parou por aí: em 2006 a equipe foi precocemente eliminada do campeonato bahiano, no qual durante algumas rodadas "namorou" a zona de rebaixamento.

No segundo semestre, as coisas pareciam melhorar. Apesar de não apresentar um futebol convincente, o Bahia conseguiu se classificar nas primeiras fases da terceirona, sempre contando com o apoio de sua torcida apaixonada, que lotava a Fonte Nova. Mas no octogonal final, que define os quatro times que sobem para a Série B, o clube mostrou suas limitações. É o lanterna junto ao Brasil de Pelotas, e sofre seguidas humilhações.

Há duas semanas, foi derrotado em casa pelo Ipatinga por 2 x 0, causando a fúria de seus torcedores, que invadiram o campo e acabaram, muitos deles, saindo feridos. Duas rodadas depois, a equipe sofre um sapeca ia-iá do Ferroviário, e é eliminado antecipadamente da competição, já que apenas cumprirá tabela nas rodadas finais.

É triste ver o grande Bahia, campeão brasileiro na década de 80, nessa situação. Más administrações causam isso.
O pior é a incapacidade dos responsáveis por gerir o clube em aproveitar esse imenso patrimônio que o Bahia tem: seu apaixonado torcedor. Com tantos consumidores em potencial, com esse imenso público e possibilidade de espaço na mídia (hoje, apenas regional), com essa rica história, as administrações conseguem repetir os fracassos das anteriores.

Precisamos de gente nova, formada e competente para comandar os clubes brasileiros, especialmente os que movem milhares de torcedores, como o Esporte Clube Bahia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário