Timão começa projeto para voltar à série A com contratação de Mano Menezes por valores astronômicos.
Desde que anunciou que não ficaria no Grêmio, Mano Menezes passou a ser o nome mais comentado do mercado. Inteligente, astuto, disciplinador e conhecedor dos caminhos da Libertadores, Mano era cogitado para assumir Cruzeiro, Flamengo e Palmeiras. Porém, o treinador gaúcho surpreendeu a todos ao acertar com o Corinthians na missa de voltar à Série A.
Em termos técnicos, a contratação é excepcional para o Timão. Mano fez um bom trabalho no XV de Campo Bom e posteriomente, um grande trabalho no tricolor gaúcho, chegando à final da Libertadores esse ano. Vem credenciado ainda por tirar o Grêmio da segundona em 2005, tarefa que tentará reeditar no futebol paulista.
Por outro lado, a contratação pode ser considerada como um erro da direção corinthiana. Especula-se que Mano receberá um salário de R$ 360 mil mensais - a Folha de São Paulo afirma ser um valor menor, de R$250 mil -. Além disso, um prêmio altíssimo seria pago caso o objetivo de retornar à elite seja alcançado.
O curioso é que a contratação de Mano por tais valores veio dois dias após a diretoria divulgar, em seu site oficial, o balanço financeiro do clube. No total, a dívida corinthiana está avaliada em R$ 95 milhões. Além disso, durante todo o ano de 2007, inclusive já sob a administração de Andrés Sanches (foto), a justificativa para a contratação de jogadores desconhecidos e de nível técnico fraco era uma só: "não temos condições financeiras de contratar outros jogadores".
Por esse ponto de vista, a atual gestão corinthiana começou de maneira muito errada seu projeto para 2008. Ela repete atitudes da gestão anterior, a qual tanto critica, aparentemente sob o lema maquiavélico de que "os fins justificam os meios". Subir para a série A é, para o Corinthians, uma missão não muito complicada. Complicado é reestruturar uma equipe em frangalhos, sem comando e com atitudes diretivas claramente amadoras.
Mais uma vez, a instituição Sport Club Corinthians Paulista parece perder para a ambição de dirigentes amadores em busca de "mostrar serviço" para a imprensa ao invés de buscar sanar os problemas do clube, profissionalizando, de fato, seu futebol e tornando esse departamento viável financeiramente. Organização e profissionalismo são essenciais, mas não pode ser apenas da boca pra fora.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
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