O que muitos desconsideram é que essa desigualdade envolve também o nosso futebol.
A diferença entre a realidade vivida pelos clubes do centro-sul do país em relação aos clubes do norte e nordeste é gritante, principalmente no que diz respeito às receitas conseguidas durante o ano e à visibilidade na mídia esportiva do país.
A "novidade" é que nos últimos anos uma outra desigualdade no futebol nacional tem ganhado força: entre as receitas dos clubes do eixo Rio - São Paulo e a dos clubes mineiros, os da região central e do sul do país.

No que diz respeito às cotas de transmissão de jogos pela TV, os grandes clubes do eixo Rio - São Paulo (onde se destacam São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo e Vasco) receberão, na próxima temporada, o equivalente a R$22 milhões, ou seja, R$ 7 milhões a mais que Cruzeiro, Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Internacional e Grêmio, equipes tradicionais e de grandes torcidas que receberão R$15 milhões pela disputa do campeonato.

Como disputar de maneira competitiva e mantendo a saúde financeira do clube, um campeonato em que mais de 5 equipes recebem o dobro do valor de cotas de TV qu outros para disputá-lo?
Essa desigualdade tende a complicar ainda mais o nosso futebol. Felizmente, clubes como Cruzeiro, Internacional, Atlético Paranaense e Goiás, por exemplo, têm compensados as receitas menores com ótimas administrações, conseguindo manter a "balança favorável" e montar bons times, mesmo com tamanha desigualdade.
Isso sem falar na visibilidade na mídia, que interfere diretamente na conquista de patrocinadores e parceiros, e no valor pago por esses, o que confere aos clubes do eixo Rio - São Paulo contratos bem melhores.
Lutando contra essa desigualdade, alguns clubes se modernizam e buscam inovar para achar novas receitas. Essa parece ser mesmo a saída para este futebol tão desigual quanto o nosso país.
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