Náutico vive má fase, demite treinador e dispensa quatro jogadores.
Enquanto os europeus gastam milhões e milhões de euros em contratações, o campeoanto brasileiro segue em andamento e já traz algumas graves vítimas.
O Náutico, penúltimo colocado no Brasileirão, demitiu hoje o treinador Paulo César Gusmão e dispensou quatro de seus jogadores. A história se repete, e mais uma vez fico incrédulo com o modo com que as atitudes dos dirigentes são sempre as mesmas. E erradas.
Desorganização interna
Primeiro houve uma confusão sobre a demissão de PC Gusmão. Um diretor confirmou a saída do treinador e o presidente negou. A assessoria de imprensa do Timbú enviou então uma nota para a imprensa informando que o treinador estava mantido, mas poucas horas depois foi anunciada, de fato, sua saída do clube. No fim das contas, uma parte da diretoria queria sua demissão, mas não o presidente, que acabou por aceitando o pedido de PC de deixar a equipe.
Depois, mais "bombas": quatro jogadores foram dispensados. O curioso é que os quatro eram titulares da equipe: o goleiro Gléguer, o zagueiro Cris, o lateral Baiano e o armador Marcel. As dispensas foram justificadas com a alegação de que os jogadores estavam desmotivados e com deficiência técnica.
Sempre que tal fato acontece, me pergunto "o que raios será essa deficiência técnica?" Os quatro eram titulares e eram os mais conhecidos jogadores do clube. Se eram os principais jogadores, porque foram dispensado por deficiência técnica? E os demais, estão jogando bem para permanecer?
A responsabilidade pesava sobre eles e o time não rendeu. Logo, no pensamento amador dos dirigentes, deve-se simplesmente descartá-los do clube e remontar uma base para a equipe no meio de uma competição complicada como o campeonato brasileiro.
Não me pergunto "por que dispensar de uma só vez quatro titulares?", porque a resposta me parece óbvia: dar uma resposta para a torcida.
Porque não, ao invés de sujar a imagem de jogadores que defendiam seu clube, a direção não busca reforçar o elenco? Ou então, por que foram contratar esses jogadores, que nunca tiveram ligação com o futebol da região e que não têm a menor identificação com o clube?
Muito amadorismo para um esporte só. E uma pena ser logo no nosso tão amado futebol. Como sempre, clubes e torcedores sofrem com a falta de organização, de informação, de comunicação interna e de profissionalismo.
Sonho que um dia eles aprendam. Ou não.Quanto mais eles "não aprendam", mais chances os jovens dirigentes terão de tomar os seus lugares. Acho que essa é a salvação, porque como diz o ditado: burro velho não aprende.
sexta-feira, 29 de junho de 2007
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