Todo ano é assim. A temporada começa, os times se preparam, jogam os estaduais, iniciam a Copa do Brasil, alguns lutam na Libertadores e aí as coisas mudam. Mudam porque a janela de transferência européia se abre, muito dinheiro corre solto e ninguém resiste, nem pode resistir, a uma bom dinehiro.
Além disso, os primeiros três meses da temporada brasileira servem, para alguns clubes, como um laboratório. Jogadores e esquemas são testados, o investimento não é o maior possível e buscam analisar os resultados alcançados. A partir daí, ou muda tudo ou se investe em mais jogadores, quando vêem que têm alguma chance de lutar pelo título nacional.
E não nos esqueçamos da dança dos técnicos. Chega um, sai outro, troca um aqui, contrata um ali. E essa "festa" já começou.
Renato Gaúcho, surpreendentemente hoje um treinador respeitado no país, saiu do Vasco. O trabalho por lá foi bem feito, duas temporadas com bons resultados mas sem títulos. O desgaste existia e a mudança era uma crônica anunciada.
Para o seu lugar foi contratado Celso Roth, sim, o interminável Celso Roth, treinador cisudo, carrancudo e com fama de retranqueiro. Bem a cara do Vasco atual.
Renato, muito cobiçado por outros clubes, acertou sua chegada ao Fluminense, que na última semana demitiu Joel Santana, e parte agora para o seu terceiro técnico em apenas 4 meses de futebol em 2007.
A surpresa da vez ficou com o Internacional. Campeão mundial e muito badalado, os gaúchos não souberam se preparar para a temporada e acabaram em maus lençóis. Eliminada precocemente no Gaúchão, a equipe depositava suas fichas no bi-campeonato da Libertadores, mas morreu logo na primeira fase, sendo a grande decepção de 2007 até o momento. Abel Braga, desgastado com a má campanha e aparentemente desmotivado, pediu demissão, e diz agora querer voltar para a Europa, onde já treinou clubes portugueses e o francês Olympique de Marselha, para onde pode voltar no próximo mês.
Outro que dançou foi Émerson Leão. O polêmico treinador rugiu demais no Parque São Jorge e foi demitido. Para o seu lugar o Timão contratou Paulo César Carpegiani, o mesmo que ainda hoje, quase 10 anos depois, é lembrado apenas pela aguerrida e defensiva seleção paraguaia de 1998.
E assim vamos caminhando para o Brasileirão 2007. Muitos treinadores vão cair (até mesmo antes do campeonato começar), mas certo mesmo é que com meras cinco rodadas de competição já teremos algumas várias mudanças para anunciar.
quarta-feira, 25 de abril de 2007
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