quinta-feira, 26 de abril de 2007

Continuam as mudanças

Novidade agora é no sul.

Mais um dia e mais novidades. Treinadores continuam rodando e dançando, e a renovação continua acontecendo.

A bola da vez é Alexandre Gallo (foto), campeão invicto do Campeonato Pernambucano pelo Sport Recife. Gallo acertou nessa quinta-feira com o Internacional, e assume agora o maior desafio da sua breve carreira: recuperar o atual campeão mundial de clubes.

O jovem treinador de apenas 39 anos parece mesmo ter bons contatos. Começou no Villa Nova de Minas, e pouco depois estava "nas saias" de Vanderlei Luxemburgo, de quem curiosamente herdou o comando do Santos quando o "professor" foi se aventurar em Madrid.

Com muita pressão e pouco de tempo de trabalho, saiu da Vila Belmiro e algum tempo depois assumiu o Sport Recife, começando bem a atual temporada. Agora, com pouca experiência e mais uma vez muito pressionado, Gallo tem outra chance de comandar um grande clube brasileiro. Será que dessa vez ele emplaca ?

Tendo em vista o elenco colorado, a tarefa não é lá das mais complicadas. O maior problema é organizar e recuperar emocionalmente os jogadores, certamente surpresos e desanimados com a precoce eliminação na Libertadores.

O ponto positivo é que material humano e disposição da diretoria não vão faltar. Com um elenco que tem Fernandão, Alexandre Pato, Iarley, Índio, Ceará e companhia, todos bem entrosados, as coisas parecem mais fáceis.

Porém não podemos nos esquecer que o elenco colorado já está envelhecido, e que uma renovação parece iminente. Sem contar que o garoto Pato não deve ficar no Beira-Rio por muito tempo. O lado bom disso? Mais dinheiro no caixa para iniciar essa nova fase colorada.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Brasileirão se aproxima e a dança das cadeiras se agita

Todo ano é assim. A temporada começa, os times se preparam, jogam os estaduais, iniciam a Copa do Brasil, alguns lutam na Libertadores e aí as coisas mudam. Mudam porque a janela de transferência européia se abre, muito dinheiro corre solto e ninguém resiste, nem pode resistir, a uma bom dinehiro.

Além disso, os primeiros três meses da temporada brasileira servem, para alguns clubes, como um laboratório. Jogadores e esquemas são testados, o investimento não é o maior possível e buscam analisar os resultados alcançados. A partir daí, ou muda tudo ou se investe em mais jogadores, quando vêem que têm alguma chance de lutar pelo título nacional.


E não nos esqueçamos da dança dos técnicos. Chega um, sai outro, troca um aqui, contrata um ali. E essa "festa" já começou.


Renato Gaúcho, surpreendentemente hoje um treinador respeitado no país, saiu do Vasco. O trabalho por lá foi bem feito, duas temporadas com bons resultados mas sem títulos. O desgaste existia e a mudança era uma crônica anunciada.

Para o seu lugar foi contratado Celso Roth, sim, o interminável
Celso Roth, treinador cisudo, carrancudo e com fama de retranqueiro. Bem a cara do Vasco atual.

Renato, muito cobiçado por outros clubes, acertou sua chegada ao Fluminense, que na última semana demitiu Joel Santana, e parte agora para o seu terceiro técnico em apenas 4 meses de futebol em 2007.

A surpresa da vez ficou com o Internacional. Campeão mundial e muito badalado, os gaúchos não souberam se preparar para a temporada e acabaram em maus lençóis. Eliminada precocemente no Gaúchão, a equipe depositava suas fichas no bi-campeonato da Libertadores, mas morreu logo na primeira fase, sendo a grande decepção de 2007 até o momento. Abel Braga, desgastado com a má campanha e aparentemente desmotivado, pediu demissão, e diz agora querer voltar para a Europa, onde já treinou clubes portugueses e o francês Olympique de Marselha, para onde pode voltar no próximo mês.

Outro que dançou foi Émerson Leão. O polêmico treinador rugiu demais no Parque São Jorge e foi demitido. Para o seu lugar o Timão contratou Paulo César Carpegiani, o mesmo que ainda hoje, quase 10 anos depois, é lembrado apenas pela aguerrida e defensiva seleção paraguaia de 1998.

E assim vamos caminhando para o Brasileirão 2007. Muitos treinadores vão cair (até mesmo antes do campeonato começar), mas certo mesmo é que com meras cinco rodadas de competição já teremos algumas várias mudanças para anunciar.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Imoralidade ?

Atlético Mineiro fará os dois jogos das semifinais em casa contra Democrata-GV, seu parceiro, e polêmica toma conta do estado.

A polêmica decisão do Democrata de Governador Valadares, semifinalista do campeonato mineiro, de jogar a partida que teria em casa, contra o Atlético-MG, no Mineirão, gerou um grande tumulto e indagação por parte de torcedores, cronistas e dirigentes cruzeirenses.

A situação é inusitada e causa estranhamento. O Democrata, 3º colocado na primeira fase do estadual, foi proibido de usar seu estádio, o Mammoud Abas, na fase final da competição, em decisão apoiada por um laudo do Corpo de Bombeiros da cidade, que alegou que o estádio não tem condições de abrigar um público de 15 mil pessoas, obrigação estabelecida no regulamento do campeonato para a disputa da fase final. Até aí, tudo bem.

O grande ponto de discussão é que, sem poder jogar em seu estádio, a diretoria da equipe anunciou que fará seu jogo como "mandante" no Mineirão, em Belo Horizonte, ou seja, fora de casa. Com a decisão, a equipe não jogará em casa, terá sua participação na renda mas enfrentará duas vezes a conhecida e temida torcida alvinegra, famosa por empurrar sua equipe em grandes jogos.

O detalhe é que o Democrata é parceiro do Clube Atlético Mineiro, tendo 28 jogadores do seu elenco sido emprestados pela equipe da capital, algo semelhante ao que foi feito por Cruzeiro e Ipatinga nos últimos 3 anos.

Análise

Cronistas mineiros e dirigentes do Cruzeiro abriram o verbo contra a decisão, jungando-a imoral e considerando que ela "joga no lixo" todo o trabalho de recuperação do campeonato que vem sendo feita, com sucesso, pela Federação. De fato, a decisão faz isso.

É certo que jogar no Mineirão para um público de cerca de R$40 mil pessoas vai gerar uma renda supe
rior à que seria gerada por um jogo nas proximidades de Governador Valadares, como Ipatinga, por exemplo. É nesse argumento que muitos defendem e apóiam a decisão do Democrata.

Por outro lado, a equipe não chega a uma fase final do campeonato mineiro a muitos anos, voltou para a 1ª divisão estadual só em 2005 e conquistou vaga na Série C desse ano. O bom momento deveria ser explorado, sua torcida privilegiada. Além disso, a equipe teria boas chances de eliminar o poderoso Galo, já que na última rodada da primeira fase venceu o alvinegro da capital por 2 x 0, jogando em casa.

Outra causa de revolta foi o posicionamento da Federação Mineira, que aprovou a decisão, permitindo que o Atlético Mineiro faça dois jogos em casa nas semifinais.

Concordo com parte da imprensa e com os dirigentes cruzeirenses. A decisão é imoral. O futebol, marca da cultura brasileira e grande paixão do nosso povo, deve servir de exemplo. Parcerias são interessantes, sustentam alguns tradicionais times do interior, mas não podem ultrapassar limites éticos. Cruzeiro e Ipatinga foram parceiros, e em 2005, na final do estadual, a filial bateu a matriz e conquistou o título, dando fim aos boatos de que facilitaria o jogo para o Cruzeiro.

Dessa forma, parcerias funcionam. Mas temos limites. A Federação deveria proeteger seu campeonato e o torcedor, não acatando a decisão do Democrata.

Imoralidade? Acredito que sim. No mínimo, faltou bom senso nas decisões, tanto do Democrata quanto da Federação Mineira.

E que os deuses protejam o futebol.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Mudanças em Minas

R$15 milhões por temporada devem garantir direitos de transmissão do Campeonato Mineiro para a Rede Record

Na noite de ontem (segunda-feira), na sede da Federação Mineira de Futebol, representantes da Rede Record de Televisão oficializaram a proposta para ter os direitos de transmissão do Campeonato Mineiro. A oferta de R$15 milhões por temporada pelos próximos três anos agradou bastante aos clubes e à federação, que parecem finalmente sair do domínio da Rede Globo, detentora dos direitos do campeonato a mais de 10 anos.

O v
alor oferecido é quase três vezes maior que o pago atualmente, o que causou espanto e suspeita de que seria apenas uma conversa para valorizar o campeonato. Porém, a confirmação do valor pelos representantes da emissora na reunião deram fim a essa discussão.

A Rede Globo tem a opção de igualar a oferta e manter seus direitos, mas o alto valor pode assustar a emissora, que detém os direitos de transmissão dos principais estaduais do país.



Clubes Contentes

A confirmação do valor da proposta deixou muito felizes os representantes dos clubes da 1ª divisão mineira. O aumento das cotas para cada clube é consequencia direta do novo contrato, e o dinheiro extra nos cofres será muito bem vindo. Não sabemos ainda quanto desses R$15 milhões será repassado aos clubes, nem se será mantida a divisão atual (onde Cruzeiro e Atlético concentram cerca de 75% do valor total).

Nas próximas semanas o contrato será fechado, seja com a Record, seja com a Globo, que certamente fará uma contra-proposta.

Certo é que os clubes mineiros terão mais dinheiro no caixa, o que permite melhores jogadores, mais disputa e mais emoção no campeonato de 2008.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Milito pára ataque do Barça e interessa aos catalães

A boa atuação na vitória de sua equipe, o Zaragoza, por 1 x 0 sobre o todo-poderoso Barcelona, pode render ao zagueiro argentino Gabriel Milito uma transferência para o clube de Ronaldinho Gaúcho.

A algum tempo notícias já sugeriam o interesse do Barça no zagueiro, mas a ótima atuação no jogo do último fim de semana pode, de vez, garantir a transação. Isso porque Milito foi considerado um dos responsáveis pela vitória, tendo "parado Ronaldinho e companhia".

Gabriel Milito, 26 anos, chegou a ser praticamente contratado pelo Real Madrid ainda quando jogava no Independiente, da Argentina, mas foi reprovado em um exame médico no Santiago Bernabéu e viu sua grande chance ir por água abaixo. Mas o zagueiro não baixou a cabeça e pouco tempo depois se transferiu para o Zaragoza, onde conquistou a Copa do Rei em 2004, é titular absoluto e capitão da equipe.

O zagueiro certamente seria um ótimo reforço para o Barça, já que na atual temporada ficou bem claro que a equipe da Catalunha realmente precisa de melhores defensores para voltar ao topo em 2008 - O Gabirú que o diga.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Mais um

Milionário americano compra cerca de 10% do Arsenal

Continuando a onda de compras e investimentos do exterior em clubes ingleses, o "multi-milionário" norte-americano Stan Kroenke comprou 9,99% das ações do Arsenal, por um valor estipulado em R$162 milhões ($81 milhões), segundo informou hoje a BBC.

Os norte-americanos parecem mesmo estar gostando da brincadeira. Em 2005 o Manchester United, um dos mais populares clubes do mundo, foi comprado por Malcom Glazer, mesmo sob muito protesto de sua torcida. Neste ano, Aston Villa e Liverpool também entraram na dança e foram adquiridos por empresas americanas.

Kroenke (foto), com sua empresa KSE, agora uma dos maiores acionistas do Arsenal, já está nos negócios do mundo do esporte a algum tempo. A empresa americana é dona também do Denver Nuggers, da NBA, e do time de hóckei no gelo Colorado Avalanche (também de Denver, EUA). A KSE tem participação ainda nas ações do St. Louis Rams, da NFL, a principal liga de futebol americano do país.

A onda é forte e tem levado os principais clubes ingleses de futebol. O Chelsea foi comprado por Roman Abramovich a alguns anos. Empresas norte americanas detém agora Liverpool e 10% das ações do Arsenal. O Manchester United também é de um americano e o Aston Villa agora pertence a um milionário Islandês. O fenômeno é curioso e exige estudos, mas não me parece tão perigoso.

A compra de 10% das ações do Arsenal é até normal, tendo em vista que a empresa é agora apenas mais uma acionista do clube, mas pode ser o início de um projeto de compra da totalidade das ações. Não vejo perigo, desde que não quebrem a tradição do clube e respeitem sua apaixonada torcida.

Afinal de contas, problema no futebol é não ter dinheiro, e não o contrário.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Leão não dirige mais o Corinthians. Fiel agradece.


O polêmico Émerson Leão não é mais técnico do Corinthians. Com um 2007 incrivelmente conturbado, o Timão foi precocemente eliminado do Campeonato Paulista, perdeu Nilmar - mais uma vez - por uma grave lesão e não conseguiu encontrar seu rumo.

Além disso, viu Christian, seu centro-avante que fazia um bom início de temporada, se transferir para o Internacional. Nenhum de seus reforços emplacou e a Fiel não aguentava mais ver Leão no comando da equipe.

Nessa semana foi oficializada a saída do experiente treinador, mas certamente isso não é sinal de bons tempos no Parque São Jorge. Leão não é - nem nunca foi - o único culpado pela atual situação do clube, que desde a conquista do Brasileiro de 2005 não consegue mais encontrar o "bom caminho". Brigas entre jogadores, greves de silêncio do elenco com a imprensa, falta de comando da diretoria e escassez de jogadores de nível no time são outros razões para o fraco desempenho.


Portanto, aquele que assumir o comando da barca corinthiana assumirá também uma verdadeira bomba relógio, capaz de explodir a qualquer momento. Por isso os principais cogitados para o cargo tem se desviado e rejeitado propostas. Entre eles estão Abel Braga, Paulo Autuori e Carlos Alberto Parreira, treinadores de ponta que parecem não querer - nem de longe - assumir o Corinthians, hoje mais um problema que um time de futebol.

A solução para essa situação parece mesmo muito complicada, mas não impossível. Aproveitar os talentos da base, contratar um treinador em busca de espaço no cenário nacional e investir em jovens jogadores com potencial, e não apenas em renegados por outros clubes.

É fácil dizer, mas em meio ao turbilhão chamado Corinthians, certamente é muito difícil colocar isso em prática.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Mourinho quer brasileiro, mas Abramovich não deve ajudar


José Mourinho, polêmico e competente treinador do Chelsea, afirmou essa semana que gostaria de contar com o zagueiro brasileiro Pepe, atualmente no Porto, na próxima temporada.

O defensor, desconhecido no Brasil, é um dos mais valorizados zagueiros no velho continente e deve ser bastante assediado quando a janela européia de transferências se abrir, ao término da atual temporada.

Nunca convocado para a Seleção Brasileira, Pepe é também assediado para jogar pela seleção portuguesa, comandada por Luis Felipe Scolari. Depois que Deco abriu as portas, não parece ser muito difícil que o defensor também siga esse caminho.

Abramovich não quer gastar?

O que causou estranhamento nas declarações de Mourinho foi que ele mesmo acredita que o manda-chuva do Chelsea, o magnata russo Roman Abramovich, não deve abrir os cofres para contratar o zagueiro brasileiro.

Até o milionário russo, que nunca economizou para reforçar seu time, parece agora conseguir entender que o futebol não se resume a simplesmente gastar caminhões de dinheiro para contratar bons jogadores.

Mourinho afirmou que, além dele, o próprio Abramovich entende que os blues já contam com grandes zagueiros, como Terry e Ricardo Carvalho, considerados os melhores do mundo por seu treinador, e que Pepe não teria espaço na equipe, apesar de todas suas qualidades.

Ainda assim, podemos ver o defensor jogando em Stanford Bridge, afinal de contas, incoerência e milhões de euros são a cara de Abramovich e do Chelsea.

Para quem não conhece, esse belo gol serve de cartões de visita do zagueirão dos Dragões.

terça-feira, 3 de abril de 2007

Juve quer Saviola para próxima temporada


3 milhões de Euros. Esse é o valor que a Juve estipula que gastará para tirar "el conejo" Saviola da reserva do Barcelona.

O argentino, sempre considerado um dos mais promissores jogadores do país, está insatisfeito com sua situação no clube catalão. E com razão. Na atual temporada, sempre que foi solicitado ele foi um dos destaques do time, marcou muitos gols e completou bem o ataque barcelonista com Ronaldinho e Messi. Apesar disso, amarga a reserva e raramente tem sido utilizado por Frank Rijkaard.

A Juventus, às vistas de voltar à Série A do Calcio, se movimenta para reforçar sua equipe, já envelhecida, encabeçada por Buffon, Nedved e Del Piero. Saviola parece ser mesmo uma boa opção para o ataque alvinegro, e nos próximos dias a negociação pode ser selada.

Bom para a Juve, bom para Saviola e ruim para o Barça. Mas como o Rijkaard assim quer, a Vecchia Segnora agradece.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Ribery na mira do Arsenal

Franck Ribery, ponta da seleção francesa e do Olympique de Marseille, é o nome mais forte para se juntar ao elenco do Arsenal na próxima temporada. O treinador da equipe, Arsene Wenger, francês que a quase 10 anos dirige os Gunners, já conta com outros vários compatriotas no elenco, como Thierry Henry e Wilfred Gallas, ambos da seleção, e parece querer aumentar a brigada francesa no clube.

O jovem francês se destacou na Copa do Mundo de 2006, onde foi vice-campeão junto a Zidane, Henry e cia. Após o mundial, "the scarface", como é conhecido pela cicatriz q leva ao rosto, foi assediado por praticamente todos os grandes clubes europeus, mas preferiu se manter em Marseille, decisão contestada por especialistas e por seu treinador Raymond Domenech.


Agora, uma temporada depois da ebla atuação na Alemanha, a imprensa européia especula que o Arsenal pagaria 12 milhões de libras (quase R$50 milhões) para ter Ribery. Certamente seria um ótimo negócio para os Gunners e para Ribery, que precisa voltar aos holofotes do futebol mundial se quiser se firmar como um grande jogador.


E para quem não se lembra dos belos lances do jovem francês na Copa do Mundo, eis uma "palinha"do que ele fez na terra do churute. Esse gol é da vitória francesa sobre a Espanha, nas oitavas de finais, jogo que garantiu os Les Bleus contra o Brasil, naquele trágico jogo que é melhor nem nos lembrarmos.


domingo, 1 de abril de 2007

Lamentável - América Mineiro é rebaixado e chega ao fundo do poço


Foi simplesmente a crônica da morte mais anunciada do início do ano. Com uma péssima campanha no Campeonato Mineiro em 2007, somando apenas 4 pontos em 10 jogos disputados, com 8 derrotas, um empate e uma única vitória, o
América mineiro foi rebaixado da primeira divisão estadual..

O rebaixamento para o módulo II do "campeonato rural" é a mais dura humilhação sofrida pela nação americana em 95 anos de história. A caminhada para esse triste feito vem de longa data, a começar pela disputa da 3ª divisão nacional, que a equipe já amarga a 2 anos.

De quem é a culpa? Difícil responder. Diretorias, jogadores, crise financeira, tudo isso e mais um pouco. Quem paga o pato são os torcedores, hoje assumidos sofredores que mantém sua paixão apesar das derrotas e vergonhas do Coelho.

O que fazer ?

Ao invés de achar culpados e pensar no que poderia ser feito, o trabalho agora é focar no futuro. O passado serve apenas para que os dirigentes resgatem, finalmente, a tradição do clube, valorizando as categorias de base e fazendo da equipe, de fato, uma equipe mineira, sendo a porta de entrada para o cenário nacional (ou ao menos para clubes grandes) de jogadores que se destaquem no interior do estado.

Os dirigentes, culpados ou não, devem parar de reclamar dos problemas financeiros e simplesmente encarar esse problema de frente. A alegação de que o clube gasta, com futebol, R$450 mil por mês e tem como receita menos de R$100 mil não pode ser uma desculpa para má gestão. A regra deve ser sempre gastar menos que se arrecada. Independentemente do valor, deve-se seguí-la à risca.

As categorias de base, as tão tradicionais e sempre produtivas "escolas" do Coelho, têm que ser aproveitadas. Seus jogadores devem ter chance no profissional, ao invés de ficarem à sombra de atletas de 3ª e 4ª linha de times de outros estados.

O América, como diz teu nome, é mineiro. Que também não se esqueçam disso, que não tragam bondes de empresários de outros estados, o que vem acontecendo ja a alguns anos.

E por fim, que honrem também a hoje pequena, mas apaixonada torcida verde e preta. Que a respeitem.

O América é muito grande para essa situação. Mas será muito pequeno se dela não sair.