terça-feira, 2 de janeiro de 2007
O Vasco de Eurico Miranda
O presidente - ditador do Vasco da Gama, Eurico Miranda, não podia ficar de fora do blog. Principal ícone dos dirigentes amadores brasileiros, Eurico consegue ser odiado pela grande maioria (tanto de vascaínos quanto de torcedores de outros times) e mesmo assim se manter no poder do clube cruzmaltino a tantos anos.
Talvez credenciado pelo supertime do final da década de 90, campeão, entre outros, da Libertadores em 98, da Mercosul e da Copa João Havelange em 2000, Eurico manda e desmanda no Vascão e consegue, por mais incrível e revoltante que pareça, ter a simpatia de alguns. Seus defensores são poucos, mas existem.
Esse post foi inspirado por uma "discussão" no Orkut, em uma das várias comunidades do clube, onde um torcedor se dizia defensor do atual presidente e argumentava para isso. Como "resposta", analiso a gestão do polêmico presidente.
PATROCÍNIO
A questão com a logo do SBT no uniforme cruzmaltino na final da Copa João Havelange (foto ao lado) foi uma das maiores babaquisses da história, e talvez o maior símbolo do amadorismo dos dirigentes brasileiros.
O episódio sujou a imagem do Vasco frente a grandes empresas, o que colabora para tantos anos sem patrocinio (já são 6 anos sem contratos).
O defensor de Eurico disse que o Vasco não tem patrocinio a tantos anos porque não recebe marcas e propostas à altura da grandeza do clube, mesma justificativa dada pelo presidente. Porém, em algumas ocasiões, o clube fechou patrocinio - inclusive de calção -, por apenas um ou até dois jogos, porque estaria em evidência na mídia.
Definitivamente isso não valoriza a imagem e marca do clube, e mais uma vez prova o amadorismo do dirigente e seu pensamento apenas no "imediato".
O São Paulo FC recebe cerca de R$16 milhões anuais da LG (no contrato de 2005, antes do título da Libertadores, recebia pouco mais de R$ 8 milhões). O Cruzeiro, longe da Libertadores há 3 anos, recebe cerca de 7 milhões da Xerox. O Corinthians, por temporada, recebe pouco mais de R$10 milhões da Samsung pelo patrocinio de camisa.
O Vasco nem nenhum clube brasileiro pode se dar ao luxo de abrir mão desses valores. Imagine um valor menor, vamos dizer, R$5 milhões por temporada (valor que pode ser considerado pequeno para a grandeza do clube e sua legião de torcedores). Sob esses valores, nesses seis anos, a ausência de patrocinio representaria R$30 milhões a menos nos cofres do clube.
Isso não é valorizar a marca, é perder dinheiro.
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