quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Falência ou ressurreição?

Notícia de jornal mineiro sobre falência de clube assustou os torcedores americanos, mas o presidente nega e divulga projeto para o clube.

O jornal Estado de Minas divulgou na última semana que o América Mineiro, que luta contra graves problemas financeiros há alguns anos, estaria se preparando para decretar sua falência.

Segundo o presidente do clube, Antônio Baltazar, a notícia não é verídica e o Coelho, apesar das dificuldades, se mantém "vivo" e em breve lançará projetos para arrecadação de fundos.


Os projetos podem ser divididos em dois grupos: o primeiro grupo trata de consórcios, entre torcedores, empresas privadas e conselheiros que poderão, a partir de contribuições mensais específicas, ajudar financeiramente o clube. Em contrapartida, os consórcios ficarão com 25% do direito financeiro dos "passes" dos jogadores do clube.

O segundo grupo de projetos envolve o estádio Independência, um dos maiores patrimônios do clube. A idéia é melhor utilizar o estádio e sua área para aumentar a receita do clube. A primeira novidade a esse respeito é o acordo firmado na última quarta-feira entre o América e o Senac Minas. O acordo firmado consiste num convênio entre as instituições para implantar uma unidade do Senac Minas no estádio, onde serão ministrados cursos de Gestão, Comércio, Artes e Informática.

O projeto agradou também aos moradores e comerciantes do entorno do estádio, pois o trânsito de pessoas aumentará bastante na região, mesmo em dias sem jogos.

Análise da notícia e da situação

As dificuldades financeiras do América se agravaram na atual década e chega aos seus piores momentos nesse final de 2007. Rebaixado à 2ª divisão estadual e nem sequer na 3ª divisão do Brasileirão, o América se vê, em boa parte do ano, inativo, o que espanta patrocinadores, parceiros e até torcedores.

A instituiç
ão, infelizmente, está enfraquecida, e os esforços para manter e melhorar o time profissional
não vem dando cer
to. A atual diretoria, repleta de boas intenções e projetos interessantes, não consegue, ainda assim, tornar o Departamento de Futebol do clube sustentável.

A categoria de base, históricamente a maior força do clube, está enfraquecida e se vê desprezada no elenco profissional, onde jogadores desconhecidos e de outros estados tomam, ano após ano, o lugar dos jovens trabalhados no clube. Talentos como os já revelados pelo clube: Éder Aleixo, Palhinha, Ronaldo Luís, Alex Mineiro, Gilberto Silva, Evanílson, Wágner e Fred, certamente vem sendo trabalhados na base, mas não têm chance de brilhar e assim, gerar receita pro clube.

Sem resultados dentro de campo e com seguidos vexames no futebol profissional, as empresas se distanciam do clube e a falta de patrocínio impede a manutenção de um elenco mais qualificado.

Com tantos problemas para montar um bom time dentro de campo, a saída é tratar da instiuição, mostrar a força do América Futebol Clube, independente da situação nas quatro linhas.

Com um patrimônio tão vasto quanto o do clube, a melhor saída parece abrir mão de alguns de seus bens para cobrir as incríveis dívidas feitas, e assim, tentar sanar financeiramente a instituição.

A partir daí, saindo "quase do zero", o clube poderá se organizar e tentar montar um time de futebol profissional coerente com sua tradição. Caso isso não aconteça, a notícia divulgada no principal jornal do estado na última semana poderá se confirmar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário